Desenha-me, tenho medo que se esqueçam
de mim quando já cá não estiver. Nem precisas de me fazer bela, apenas quero
continuar viva aos olhos daqueles que me olharem. Fá-lo com giz branco numa
grande folha negra, sem muitas expressões faciais, uma silhueta ou talvez uma
figura em sombra chinesa. Não uses cores e não fixes a minha alma.
O retrato é o espelho da alma. O traço
é a revelação da tua personalidade. Por que razão queres tu baralhar as pistas?
Pretendes que te guardem na memória ou que te questionem quando já cá não
estiveres para responderes. Que raio de delírio é esse?
Quero que me voltem a construir,
depois que me desvendem e por fim que me voltem a amar.
Quero permanecer…
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