27 janeiro, 2020

Farrapos de vida

(Nem nos sonhos perdidos,
Ou nas páginas amarelecidas dos romances esquecidos.)

Sumiram-se o sorriso, o querer, o sonhar
Perderam-se no nevoeiro de um abraço

Levou-os nas asas uma ave do mar
Dos versos, nem um traço.

Fica um vulto sozinho
A vida num turbilhão.

A visão turva do carinho.
As folhas de outono no chão.

De nada vale remendar à pressa
os pedaços de afeto,

É tarde, já não é hora
Perderam-se pelo caminho.

2 comentários:

  1. Anónimo10:22

    Mais um bonito poema de Lady Marian. Gostei muito e a vida é assim mesmo. Obrigado e continue.

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    1. Caro amigo leitor, agradeço as palavras de incentivo. Embora nem sempre tenhamos o feedback desejado é bom saber que o nosso trabalho é lido e apreciado.
      E olhe, sim vou continuar.

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