05 janeiro, 2019

Como se estraga uma bonita história de sexo!

Fomos acampar. Tipo amor e uma cabana, mas versão tenda.
Passávamos o tempo a descobrir pontos erógenos. Ainda não havia Google para dizer onde eram. Era giro, passava-se bem o tempo.
Os dela eram mais difíceis de encontrar. Eu esforçava-me, tocava aqui, esfregava ali, trincava acolá. Não deixava nada para trás. Ela deixou-me um mês depois por um marujo de barba rija.
Isto foi para meter o sexo na história, senão não vende. Naquela altura até se lia sobre um gajo que acordara gafanhoto. Agora é diferente, tem que ter sexo e sangue.
Adiante, vamos ao que interessa.
Havia um cesto de palhinha, para os necessaire. Papel higiénico, sabonete e shampoo. Preservativos. Mas é mesmo do papel que trata a história.
Passou-se uma manhã, deviam ser duas da tarde, ela foi lá fazer a higiene dela. Ouvi uma voz em crescendo: Arroz Doce, andaste a esfiar o papel higiénico, fogo!!! És tarado ou quê?
Meio a dormir pensei, esfiar o papel higiénico? Já tinha esfiado bacalhau e pato. Mas papel higiénico? O sexo em demasia dera-lhe cabo da mioleira.
Era verdade, o cesto estava cheio de papelitos. Mas que raio, caraças, que merda é esta? Debruçamo-nos e o papel fez rrrrrrrr!!!
Saltou de lá uma rata, tamanho 49, e nós fugimos e a rata atrás de nós e nós sempre a correr e a rata não nos largou e chegamos ao cais do Sado e a rata coladinha e fizemos aquele número de  saltar para o lado e a rata não travou a tempo e caiu na água e foi com a maré.
Voltámos mais tarde, armados com uma catana e um cacete. Descarregámos a fúria no cesto. Estraçalhámos o resto do papel higiénico. Fomos embora, pois eu não tenho cá vida para andar a ser comido por uma rata. Nem ela.
Arruinou-se ali uma bela história de sexo.

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