Esta cidade está em alta, não há top que aguente.
Range à chegada dos turistas enlatados e chora à partida dos alfacinhas aos molhos.
Transforma-se...
Mas Lisboa não é o que é, é o que penso que é.
Amo-a sem sentido, como se ama num sonho.
Eugénio de Andrade também a amava...
Alguém diz com lentidão:
“Lisboa, sabes…”
Eu sei. É uma rapariga
descalça e leve,
um vento súbito e claro
nos cabelos,
algumas rugas finas
a espreitar-lhe os olhos,
a solidão aberta
nos lábios e nos dedos,
descendo degraus
e degraus
e degraus até ao rio.
Eu sei. E tu, sabias?
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