Deus vaga entre a matéria negra, as velas do destino inchadas pelo vento estrelar, mais rápido que a luz que criou do choque do branco com o negro.
Deus forte, obtuso, rígido no Seu desígnio, predestinado, que não move um milímetro na decisão da rota que para Si traçou.
Deus numa viagem infinita, que percorre o Seu Universo de ponta a ponta, só porque sim, porque é Seu e depois volta para se aconchegar no seu berço e nos olhar com curiosidade.
Deus sem fim à vista, omnipotente quando nos comanda como marionetas ou brinca e nos deixa nadar para longe das águas calmas e em braçadas suadas sair das águas de tempestade .
Deus que na Sua suprema vontade nos põe à prova e dizemos porque nos trazes tanta dor e sem se justificar, porque é Deus, abre-nos os olhos e vemos que de entre nós se levantam alguns, são heróis que se superam no combate e generosos com a sua vida travam batalhas e batalhas pelos outros, até vencer a vontade de Deus, que entretanto sempre soube a resposta à nossa pergunta: porque confio em vós.
E assim se passam os dias sem história que não existem, mas acontecem, que são os dias em que Deus navega à velocidade de anos luz pelo seu Universo.
Foto: Gripe espanhola 1919/ NSW State Archives / Tara Majoor
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