03 outubro, 2019

Isso não, é pecado!

Sempre achei curioso o conceito de pecado. Do grego hamartáno, a expressão transformou-se em peccátu com o latim e encerra o significado de erro. Em criança, ouvia falar do pecado como uma coisa tão séria que parecia apenas reparável com a pena de morte, a sua transgressão. Não bastasse apenas um, parecem que existem sete. A mim, ensinaram-me que não se devem cometer pecados, mas se tal acontecer, parece que se contarmos a quem de direito o que fizemos de mal, somos absolvidos com o seu  perdão e tudo se resolve, cumprimos uma micro ou uma macro penitência e voltamos ao estado de pureza original. Sim, porque existem diferentes tipos de pecado:o pecado original que nos mostra o quanto o Homem é um ser imperfeito, o pecado venial que apenas enfraquece o nosso relacionamento com Deus e o pecado mortal que já é um assunto mais sério.
Felizmente, mais tarde, percebi que para mim, um pecado não passava de um pequeno desvio comportamental, principalmente no que diz respeito à transgressão dos chamados pecados mortais. Assim sendo, convém antes de mais que se diferencie o pecado de um crime: se o primeiro desilude uma divindade, o segundo é uma violação de uma série de padrões estabelecidos pelo ser humano, mas se pensarmos que em alguns estados teocráticos o primeiro é punido com a prisão, a tortura e até a pena de morte, esta questão torna-se de facto complexa e mete medo. Apesar da sua complexidade e do seu caráter subversivo, tenho curiosidade em explorar esta “coisa” que corrói a alma, destrói as pessoas e enche o mundo de impurezas. Desta forma, proponho-me abordar cada uma destas máculas (uma de cada vez que isto é muito peso!) ao longo dos próximos tempos. 
Desobediências...







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