Do latim invidia, que significa olhar
com malícia (ui, ui que isto parece remeter para outro pecado já antes
abordado), a inveja era, segundo Santo Agostinho, o pecado diabólico por
excelência. À conta da mesma, Abel e Caim desentenderam-se e a coisa acabou num
banho de sangue. E com eles nasceu o primeiro homicídio da história da humanidade.
Mácula diabólica de facto! Mas se a inveja é entendida como um terrível mal da
alma, um sentimento corrosivo do coração que desperta no mesmo muitas outras “sub-máculas”
(Neologismo! Gosto deste particularmente por me suscitar a ideia das bonecas
russas, que dentro de cada uma vão encerrando outra e assim sucessivamente…),
não deverá ser também analisada e
compreendida à luz da positividade? Senão vejamos: se por um lado, a inveja é
maligna, por outro lado é um poderoso aliado do EGO. Ao experimentar a inveja
benigna (o facto de querermos alcançar algo para atingir um estado de
satisfação e melhorar a nossa auto estima sem prejudicar o próximo), chamamos a
atenção do nosso EGO e fazemos tudo em prol da sua felicidade. E não é esse um sentimento digno de
reconhecimento e até de estímulo?
Imagem: A inveja, Edvard Munch
A Lady Marian a ser ela mesmo❤️
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