31 outubro, 2019

A inveja

Do latim invidia, que significa olhar com malícia (ui, ui que isto parece remeter para outro pecado já antes abordado), a inveja era, segundo Santo Agostinho, o pecado diabólico por excelência. À conta da mesma, Abel e Caim desentenderam-se e a coisa acabou num banho de sangue. E com eles nasceu o primeiro homicídio da história da humanidade. Mácula diabólica de facto! Mas se a inveja é entendida como um terrível mal da alma, um sentimento corrosivo do coração que desperta no mesmo muitas outras “sub-máculas” (Neologismo! Gosto deste particularmente por me suscitar a ideia das bonecas russas, que dentro de cada uma vão encerrando outra e assim sucessivamente…), não deverá  ser também analisada e compreendida à luz da positividade? Senão vejamos: se por um lado, a inveja é maligna, por outro lado é um poderoso aliado do EGO. Ao experimentar a inveja benigna (o facto de querermos alcançar algo para atingir um estado de satisfação e melhorar a nossa auto estima sem prejudicar o próximo), chamamos a atenção do nosso EGO e fazemos tudo em prol da sua felicidade.  E não é esse um sentimento digno de reconhecimento e até de estímulo?
Mais um “meio pecado”. Check!


Início dos Tempos: Isso não, é pecado
Pecado mortal 1/7: O orgulho
Pecado mortal 2/7: A avareza

Imagem: A inveja, Edvard Munch


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