12 dezembro, 2018

A discoteca, as ninfas e o castigo dos céus


Algures no West End londrino (zona de turistas e portugas à aventura), entrámos numa discoteca (Heaven/Hell, é escolher). Eu andava atrelado a uma mulher que gostava de mim (depois fiz merda (não fosse eu o Arroz Doce)).

A música da época (Rick Astley e Kylie Minogue e esses) convidava à dança (aquilo era uma discoteca!). A pista estava cheia (turistas e estrangeirados como eu). Dançávamos em roda (aquela treta dos amigos), e eu (Arroz Doce), sem me aperceber (já bezano), fui-me afastando para norte (atracão magnética).

Quatro adolescentes (de idade feita ok (não são essas da foto)) da terra do sol (cabelos louros, olhos azuis), com o calor e as feromonas que emanavam dos corpos suados e sensuais que me atingiam como cometas e a frescura dos lábios entreabertos de desejo (fogo) dançavam e eu fui parar ao meio delas (rimo-nos muito) e estava afogueado e a escaldar com aquelas peles a rodarem efervescentes a centímetros da minha (feliz).

Assim fiquei (pois), extasiado (confesso que também bastante túrgido), quando numa missão de resgate (sem aviso), entrou no círculo a minha monitora (benza-a Deus), que me sorriu (fiquei apavorado), e numa dança frenética e robótica distribuiu em cada passo cotoveladas e caneladas às deusas nórdicas (fod@-se, larguem o meu homem!) que se foram diluindo na multidão (trinta segundos tinham-se pirado).

Andei uns dias a pão e água (calha a todos), mas em retrospectiva foi engraçado (esqueço-me de tudo mas não me esqueci desta).

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