17 abril, 2020

Era um vez um contador de histórias...

Raios partam este bicho que nunca mais desaparece e leva todos à sua frente! Ontem, levou o olhar doce de um dos maiores contadores de histórias. Luís Sepúlveda foi-se embora, mas deixou-nos as suas fábulas mágicas.  Assim, continuam a acompanhar-nos nesta demorada jornada de isolamento o caracol que descobriu a importância da lentidão, a gaivota desejosa de abrir as asas depois do gato a ter  com muito carinho, ensinado a voar, assim como o velho que, à espera de melhores dias, vai pacientemente lendo romances de amor e ainda o gato e o rato que por força das circunstâncias se tornaram amigos. E como estes tantos outros ficarão connosco para que possamos sempre relembrar aquele cujo sonho de criança era ter acesso às estantes gigantes das bibliotecas recheadas de livros. Tive o prazer de me sentar com ele uns minutos enquanto me deixava uma mensagem numa das suas obras e foi precisamente do poder do sonho na escrita que me falou durante o pouco tempo que me foi possível estar na sua presença.
A minha homenagem sentida a um contador de histórias, daqueles muito bons, que nos toca e nos conduz à reflexão através da magia das fábulas.

Nota: É feita alusão neste texto a algumas das obras do autor, a saber:

História do caracol que descobriu a importância da lentidão.
História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar.
O Velho que lia romances de amor.
História de um gato e de um rato que se tornaram amigos.
O Poder dos Sonhos.

2 comentários:

  1. Caros colabores da EGO Magazine, penso que falo em nome de muitos leitores ao perguntar-vos quando é que regressam as vossas belíssimas crónicas (como esta homenagem ao mestre Sepúlveda)?
    Cada texto vosso é uma pérola, continuem a publicar!

    Amicalement,
    Uma leitora fiel

    B.V.

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